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domingo, 30 de outubro de 2011

Inôcencia, sua história aos seus olhos. (redação Pré-Vestibular UFSC)

  
  
  Jamais pensei como morrer, mas morrer por alguém que amo, seria uma boa maneira de partir.
  Sempre morei no sertão, passava minhas tardes bordando e apreciando a natureza. Além disso, nunca fui alfabetizada.
  Mesmo comprometida com Manecão, sonhava em viver uma grande paixão. Certo dia fiquei muito doente, graças a Deus papai encontrou Cirino, que se dizia doutor. Logo curou-me, porém deixou meu coração doente de amor.
   No início, Cirino me olhava de um jeito que deixava-me tonta. Ficamos apaixonados, a partir desse dia minha vida mudou. Encontros, juras de amor e planos eram constantes.
  No entanto, a falta de sorte nos pegou, Manecão estava de volta à cidade e pronto para casar-se comigo. Entrei em desispero e o ignorei por dias. Meu pai tentou ser delicado e perguntou-me o que estava havendo, sendo assim, tomei coragem e falei que não queria me casar com Menecão. Mentiras sobre a mamãe foram ditas, só pirou a situação, então ele exaltou: - Nocência, daqui a bocadinho Manecão chega da roça... você há de ir para a sala... se não fizer boa cara, eu a mato.
  Depois da briga e pensamentos horríveis, papai chamou-me a sala. E com o ódio em meus olhos, falei que preferia a morte a me casar com ele.
  Fui agredida por papai, e Tico aquele desgramado, entregou Cirino a meu noivo. Menecão foi a procura de meu amor e mato-o com um tiro certeiro.
  Choro ao imaginá-lo morrendo, chamando por meu nome. Pois bem, agora vou vê-lo novamente e ficar ao seu lado para todo o sempre.



Uma adaptação do livro INOCÊNCIA de Visconde de Taunay.
Redação corrigida pela professora de redação, do curso Pré-vestibular UFSC.